quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Altos custos emperam o crescimento no Brasil

Durante o Seatrade South America Cruise Convention, que aconteceu dia (30/05/11) em São Paulo, foi confirmada a desaceleração do crescimento do mercado de cruzeiros no Brasil para a temporada 2011/2012. O número de navios, que na temporada 2010-2011 foi de 20, será de 17 na próxima e a oferta de cabinescom uma queda de 1,6%.

O grande responsável pela diminuição é a falta de investimentos em infraestrutura e oexcesso de burocracia. Nos últimos anos o setor mundial cresceu em média 6% ao ano e no Brasil avançou 10%, ou seja, somos um dos mais fortes mercados de cruzeiros no mundo.

Como exemplo, podemos apontar Búzios, que terá uma queda de aproximadamente 30% no número de turistas provenientes de cruzeiros na próxima temporada com a diminuição de pontos de ancoragem e esses turistas não vão para outras cidades, pois se diminuiu o numero de navios no Brasil, ou seja, perde a cidade, o estado e o pais.

Durante a convenção dos cruzeiros marítimos, os representantes das principais armadoras de cruzeiros confirmaram os problemas de infraestrutura como principal entrave do crescimento do setor no Brasil. A Abremar, ainda lembrou que a entidade preparou um estudo sobre a situação do setor que apontou os principais gargalos e as necessidades das operadoras. De acordo com o estudo, além das estruturas físicas, foram apontados problemas como mudanças constantes de regras, a falta de berços nos portos dedicados a navios de passageiros e segurança. Sem contar os custos serem um problema sério. Foi apresentado um comparativo de quanto custa operar um roteiro de sete noites no Mediterrâneo, com saída e chegada em Barcelona, comparando com um roteiro de sete noites com chegada e saída em Santos. Os custos foram, respectivamente de 142 mil e 267 mil euros, ou seja se paga praticamente o dobro de custos portuarios no Brasil.

Em 1998 eram embarcados em Santos cerca de 90 mil passageiros e na última temporada foram 1,1 milhão e o investimento publico no setor em infra estrutura, diminuição de burocracia e controle dos custos pelos portos, tais como, praticagem, taxas (atracação, marinha, farol, etc) não param de crescer.

Existe uma enorme necessidade dos portos brasileiros em investirem em novos itinerários e nas potencialidades de seus atrativos. O crescimento do mercado de cruzeiros continua positivo, mas está desacelerando vertiginosamente e para essa próxima temporada, teremos um incremento de apenas 2%. O porto do Rio de Janeiro, decresceu 25% em número de cruzeiros. Apesar do Rio de Janeiro ser talvez o principal destino de navios no Brasil, com uma das melhores infraestrutura da América do Sul, os altos custos de operação tornam o porto do Rio de Janeiro impensavel para as companhias de cruzeiros.

Se as autoridades portuarias, municipais, estaduais e federais não repensarem urgentemente no setor, corremos o serio risco de assistir uma diminuição dramatica em uma industria que gerou 1.3 bilhoes de reais na ultima temporada.

Fonte Viagens de navio

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