quarta-feira, 13 de junho de 2012

Caso Laís: enfim, Costa procura família

Foram necessários 12 dias para que a Costa Crociere, empresa da rede Costa, fizesse o primeiro contato com a família da tripulante Laís Santiago Almeida Santos, de 21 anos, que desapareceu do transatlântico Costa Magica no último dia 1º, sob a suspeita de ter pulado em alto-mar a 30 quilômetros da costa da Catânia, na Itália.

No entanto, em carta recebida ontem, a empresa, contratante de tripulantes, não se prolongou no comunicado: apenas lamentou o ocorrido e ofereceu suporte à família – sem especificar de que maneira.

Além disso, solicitou o endereço residencial de Laís para enviar à família os pertences e o dinheiro da garçonete encontrados dentro de sua cabine no transatlântico, mais o salário pendente.

Segundo a madrinha da tripulante brasileira, Vânia do Nascimento Lima, esse contato só ocorreu depois que o consulado brasileiro, na manhã de ontem, procurou saber que tipo de assistência a empresa vinha oferecendo. “Antes de o consulado nos procurar, ninguém da Costa havia conversado conosco”, afirma.

A postura tomada pela Costa Crociere não agradou em nada ao advogado da família, Vicente Cascione. Segundo ele, esta carta deveria ter sido enviada logo após o incidente e não diz nada além daquilo que é a obrigação da empresa.

“Diante do conteúdo da carta, resumo que a Costa é muito lenta. O que está escrito ali não é nenhuma gentileza aos familiares da Laís, que há dias estão sofrendo com a falta de informação. Além disso, trata-se de uma atitude nada espontânea. Esse comunicado só foi enviado devido à pressão da família, do consulado brasileiro e da imprensa dos dois países”, salienta o advogado.

Como, em dado momento da correspondência, a empresa italiana se compromete a oferecer suporte aos parentes da garçonete, Cascione irá estudar algumas obrigações para cobrar da operadora, à qual a garçonete prestava serviços.

Celulares

Desde que o desaparecimento de Laís foi confirmado, A Tribuna vem trocando informações sobre o caso com o site de notícias Il Mattino, de Nápoles, na Itália.

Um fato que tem chamado a atenção da imprensa italiana é o sumiço de dois telefones celulares que pertenciam à jovem brasileira.

Indagado sobre os aparelhos, Cascione demonstrou conhecimento do caso e admitiu dificuldades para estabelecer o paradeiro dos celulares neste momento.

Atribuna

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