domingo, 12 de fevereiro de 2012

Costa Cruzeiros diz que mudará seu nome devido ao naufrágio

O presidente da Costa Cruzeiros, Pier Luigi Foschi, afirmou que, embora não exista risco de falência da empresa, é possível que o nome da companhia seja extinto após o naufrágio do Costa Concordia. Ocorrido no dia 13 de janeiro em frente à ilha de Giglio, na Itália, o acidente causou 17 mortos e deixou 15 pessoas desaparecidas.
Em entrevista publicada neste domingo no jornal La Stampa, Foschi declarou que os clientes caíram 35% na comparação com o ano passado, o que credita ao naufrágio. "Já esperávamos um ano difícil devido à crise internacional, mas está claro que o naufrágio também pesa", revelou Foschi.

Embora a companhia tenha uma sociedade "sólida" com "capital líquido milionário", Foschi expressou temor pelo futuro do "nome" da companhia. "Costa Cruzeiros não vai quebrar como sociedade, mas é possível que esse nome deixe de existir", admitiu.

Foschi justifica a medida pelo fato de a companhia ter sido "midiaticamente" aniquilada. "Nosso nome foi massacrado. Quanto tempo será necessário para que as pessoas voltem a ver nossos navios com serenidade?", questionou o presidente de Costa Cruzeiros.

Ele destacou que o naufrágio do Costa Concordia fez refletir sobre alguns protocolos vigentes e anunciou que, embora as normas já previssem simulação de evacuação nas primeiras 24 horas após o embarque, a recomendação agora é fazê-la imediatamente.

Com relação ao capitão Francesco Schettino, que é acusado entre outros enquadramentos de homicídio involuntário múltiplo, Foschi reiterou que o naufrágio foi culpa de seu comportamento. Segundo o presidente da empresa, Schettino "vive atualmente um processo judicial que faria tremer qualquer pessoa".

Sobre o restante da tripulação, o principal responsável do Costa Cruzeiros declarou que a justiça deverá comprovar "que eles cumpriram com seus deveres" e anunciou que 95% já pediram para voltar a embarcar.

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